sexta-feira, 24 de abril de 2009

Higiene das mãos e unhas

 

Maos e Unhas

Mãos e unhas

Os homens podem utilizar um cortador de unhas e mantê-lo em sua caixinha ou gaveta pessoal, em casa. Ter um cortador de unhas em casa é conveniente mesmo para os que preferem pagar o serviço nas barbearias que oferecem manicuras para limpeza, corte, polimento e verniz.

As mulheres, mais que os homens, atentam para o cuidado com as unhas, mas não deveriam esperar até que a pintura fique em muito mal estado para refazê-la. Esmaltes de cores claras contribuem mais para o aspecto de limpeza e elegância das mãos femininas, que os esmaltes de cores escuras.

Maos e Unhas 1

 

Algumas sugestões para homens e mulheres que pretendam manter a beleza das suas mãos prevenindo o seu envelhecimento precoce:

1. Se está sujeito a trabalhar com detergentes e outros produtos nocivos para a pele, nunca deixe de usar as luvas e no fim lave muito bem as mãos;

2. Os sabonetes em barra, são de evitar por secarem a pele. Lave as mãos com sabonete liquido, de preferência hidratante, para não ficar com aquela sensação de “pele repuxada”;

3. Use um exfoliante uma vez por semana, para remover as impurezas e as células mortas. Existem vários no mercado, mas pode sempre fazer uma máscara exfoliante caseira, misturando sal grosso e vaselina. Esfregue bem as mãos e lave muito bem;

4. Existe um tratamento SOS para os casos mais graves de mão desidratadas. Durante uma semana, ao deitar, massaje as mãos com vaselina e calce umas luvas de flanela. Logo na primeira manhã sentirá a sua pele como se fosse veludo;

5. O limão é óptimo para desencardir. Mergulhe as suas unhas numa tigela com água quente e limão. No entanto, existem casos em que a única solução será esperar que cresçam e ir cortando!;

6. As unhas das mãos, devem ser cortadas e limadas nos cantos. Nos pés é que se cortam a direito para não encravarem;

7. Usar diariamente um bom creme hidratante, de preferência com filtro solar.

Texto: Daniela Mann

quinta-feira, 26 de março de 2009

A Higiene Pessoal - Crianças

Higiene Pessoal

A importância da higiene como melhoria na qualidade de vida das crianças.

As mudanças dos hábitos de higiene durante todo o processo evolutivo da humanidade são um dos factores mais significativos para que o Homem de hoje tenha uma maior longevidade.

Com as mudanças de atitude, o Homem adquiriu aprendizagens relacionadas com os seus padrões nutritivos (alimentação) e a cuidar melhor da higiene de seu próprio corpo. Por isso, várias doenças causadas pela ingestão de alimentos contaminados e a falta de higiene pessoal diminuíram sensivelmente, levando-o melhorar a sua qualidade de vida. A influência que as condições de saneamento básico têm sobre a saúde da população é notória. Em relação às crianças, essas condições estão directamente ligadas aos índices de mortalidade e mobilidade infantil.

A higiene dos filhos é uma tarefa dos pais. Só aos 6 anos é que a crianças estão “maduras” para cuidar de sua própria higiene pessoal, Os pais não devem passar a responsabilidade antes que elas estejam preparadas. Para que a criança seja bem-educada em higienização e desenvolva bons hábitos é necessário que ela receba informações e exemplos.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Higiene Alimentar

 cozinheiro

Código de Boas Práticas

Boas Práticas de Higiene e boas Práticas de Fabrico

Preparação e Confecção de Alimentos

1.  Preparação

As zonas de preparação devem ser limpas e desinfectadas imediatamente após a conclusão de cada tarefa, sendo ainda importante ter em consideração os seguintes aspectos:

  • Os manipuladores de alimentos devem respeitar todas as regras de higiene pessoal, lavando as mãos no espaço destinado para o efeito, antes de iniciar cada tarefa;

  • Todos os equipamentos, bancadas e utensílios devem ser cuidadosamente lavados e desinfectados antes da preparação;

  • Na mesma bancada não podem existir alimentos crus e confeccionados, ou alimentos na proximidade de lixos ou objectos sujos, de forma a evitar a contaminação cruzada;

  • Não é permitido que a mesma faca ou tábua de corte contacte simultaneamente com alimentos crus e confeccionados, e com alimentos de origem animal e vegetal;

  • Os alimentos deverão permanecer na “zona de perigo” (entre 4ºC e 63ºC) o menor tempo possível, apenas o estritamente necessário para a preparação, tendo a tarefa que ser realizada rapidamente e sem interrupções;

  • Todos os materiais devem ser utilizados apenas para uma tarefa, sendo lavados e desinfectados assim que esteja terminada;

  • Os alimentos devem ser colocados na câmara de refrigeração, devidamente acondicionados, após a sua preparação e até à sua confecção.

O espaço destinado à preparação dos alimentos, deverá ser dividido em três zonas. Uma para a preparação do pescado, outra para a preparação da carne e outra para os produtos hortícolas. Cada zona deve estar devidamente identificada e equipada com o material adequado a cada preparação. Caso não seja possível a existência de três zonas distintas, por falta de espaço, a preparação dos diferentes tipos de alimentos deverá ser efectuada em diferentes momentos, desinfectando sempre o local depois de cada preparação. Para cada tipo de alimento a preparar devem existir tábuas de corte e facas de cozinha distintas.

A manipulação de alimentos crus deve efectuar-se em zonas distintas daquelas onde são manipulados os alimento confeccionados. Nos casos em que a disposição do local não o permita, as operações devem ser separadas no tempo por uma fase de limpeza e desinfecção.

1.1  Preparação de alimentos crus

1.1.1  Preparação de carnes

Os procedimentos operacionais na zona de preparação de carnes (lavagem, corte e tempo de espera para confecção) deverão seguir uma sequência que assegure que:

  • Os produtos perecíveis crus de origem animal não estejam expostos mais que 1 hora à temperatura de risco;

  • As carnes de aves, coelhos e vísceras não estejam expostas mais que 30 minutos à temperatura de risco.

Em unidades de restauração deve-se ter sempre presente que:

  • Não devem adquirir carnes frescas para congelar;

  • Aquando da aquisição de carnes embaladas em vácuo, esta deverá ser retirada 2 horas antes da sua preparação, de modo a retomar a sua coloração natural e o odor a vácuo desaparecer. Durante este período a carne deverá estar armazenada em câmaras de refrigeração;

  • A preparação de carne picada deve ser realizada na unidade, o mais próximo possível da sua confecção;

  • Os enchidos a servir crus deverão ser previamente escaldados, devendo ser introduzidos em água a ferver durante 4 a 5 segundos.

1.1.2  Preparação de pescado

Os procedimentos operacionais na zona de preparação de pescado (evisceração, remoção das cabeças, descamação, lavagem, corte e tempo de espera para confecção) deverão seguir uma sequência que assegure que o pescado e moluscos não estejam expostos mais que 30 minutos à temperatura de risco.

No final de todas estas operações, os desperdícios gerados devem ser imediatamente retirados, realizando-se uma lavagem do pescado com água corrente.

A compra ou congelação de pescado desfiado ou picado é proibida, devendo esta operação ser realizada na unidade de restauração, o mais próximo possível da sua confecção.

Relativamente ao bacalhau, quer seja seco ou salgado, depois de cortado em postas, deve ser demolhado em água fria corrente. Em alternativa, pode ser demolhado em 48 horas, num recipiente coberto, com mudanças de água frequentes e, de preferência, em ambiente refrigerado.

1.1.3  Preparação de hortícolas e frutícolas

Todos os produtos hortícolas e frutícolas a serem servidos crus, incluindo as ervas aromáticas, têm que ser bem lavados e desinfectados. De modo sequencial, deve-se:

  • Rejeitar as folhas exteriores dos vegetais, que acumulam mais nitratos e outros poluentes, insectos, larvas e demais parasitas, e todas as partes velhas, pisadas, etc.;

  • Lavar em água fria corrente, para remover todas as poeiras e outros contaminantes;

  • Mergulhá-los numa solução de água e desinfectante apropriada, seguindo as indicações recomendadas relativamente à dosagem e tempo de acção;

  • Passar novamente por água fria corrente.

Depois de cuidadosamente lavados, desinfectados e preparados, os produtos a servir em cru devem ser guardados na câmara de refrigeração, devidamente cobertos com película aderente, até ao momento de servir.

1.1.4  Preparação de ovos

Devido à sua estrutura física e à casca coberta por uma fina camada protectora, o ovo encontra-se relativamente protegido de contaminantes. Mas, se a porosidade da casca é fragilizada, os microrganismos podem facilmente passar para o seu interior. Assim sendo, os ovos devem ser rejeitados sempre que a casca esteja suja, rachada, partida ou com manchas.

Com excepção dos ovos que irão ser servidos estrelados, todos os restantes devem ser partidos na zona de preparação de carnes cruas, tendo em atenção os seguintes aspectos:

  • A quebra dos ovos não deverá ser efectuada nos bordos do recipiente onde o conteúdo destes vai ser colocado.

  • Os ovos devem ser partidos um a um, num recipiente à parte, antes de serem adicionados aos restantes, de modo a que, caso um ovo aparente estar estragado, possa ser rejeitado, sem necessidade de rejeitar todos os outros.

  • As cascas, após ter sido partido cada ovo, deverão ser colocadas imediatamente nos recipientes de lixo e a superfície onde foram quebrados deverá ser lavada e desinfectada no final da operação.

1.2  Descongelação

A correcta descongelação dos alimentos é muito importante na higiene e segurança alimentar.

Os alimentos devem ser colocados a descongelar com a devida antecedência, no máximo 72 horas, em ambiente refrigerado (temperatura entre 1 e 4ªC). Depois de totalmente descongelados, os produtos têm que ser consumidos no prazo de 24 horas, devendo, durante esse período de tempo, ser conservados na câmara de refrigeração.

Existem, no entanto, alguns alimentos de pequena dimensão, que podem ser retirados da câmara de conservação de congelados directamente para a confecção, sem descongelação prévia. É o caso de legumes, batata pré-frita, rissóis, pastéis de bacalhau e mariscos.

Deve-se evitar que o alimento, durante e após a fase de descongelação, entre em contacto com o suco de descongelação, devendo-se por isso coloca-lo em grelhas de plástico ou inox, ou em tabuleiros adequados que permitam que os sucos escorram.

Todos os alimentos em descongelação devem estar cobertos com a própria tampa do recipiente, com película aderente ou com um saco de plástico transparente e, devem ser devidamente acondicionados nas prateleiras inferiores das câmaras de refrigeração.

Também se pode realizar a descongelação em microondas, se o alimento for confeccionado imediatamente a seguir.

A descongelação do pescado e da carne deve ser realizada em câmaras de refrigeração separadas. Se tal não for possível, os produtos devem estar cobertos, de forma a evitar contaminações cruzadas e mistura de odores.

Todos os recipientes e utensílios utilizados no processo de descongelação devem ser limpos e desinfectados o mais rapidamente possível.

Produtos que tenham sido descongelados nunca podem ser congelados outra vez.

2.  Confecção a quente

A confecção é a última hipótese de destruição dos microrganismos que possam estar presentes nos alimentos. Para assegurar a sua destruição durante o processo de confecção (a quente) do alimento, a temperatura deve ser superior a 75ºC.

Na confecção de alimentos de origem animal, deve evitar-se a confecção de peças de carne inteiras com peso superior a 2,5kg, devido à dificuldade de se atingir aquela temperatura no interior da peça.

Deve-se ter em consideração, que destruição microbiana não depende somente da temperatura mas também do tempo a que o alimento se encontra submetido a essa temperatura e da sua contaminação inicial.

O processo de confecção deve ocorrer sem interrupções, devendo-se ter o cuidado de reduzir ao mínimo imprescindível toda a manipulação de um produto após a sua confecção a quente.

Na preparação de pratos, molhos ou sobremesas que não sofrem um processamento térmico ou com processamento térmico ligeiro, nunca devem ser utilizados ovos crus ou mal cozinhados, devido aos riscos que apresentam para a saúde.

Para este tipo de confecções dever-se-á recorrer ao uso de ovo pasteurizado, que pode existir sob a forma de ovo inteiro, só gema ou só clara.

Os ovos crus ou mal cozinhados não devem ser utilizados devido à presença de uma bactéria, a salmonela, que pode provocar toxinfecções alimentares. Por isso, os ovos devem ser sempre sujeitos a um intervalo de tempo/temperatura de confecção que permita eliminar esta bactéria.

Os ovos possuem um período de conservação de duas a três semanas, devendo ser mantidos na embalagem de modo a controlar e respeitar o prazo de validade. Para sua conservação, as seguintes regras devem ser cumpridas:

  • Colocar os ovos em local fresco, seco e abrigado da luz;

  • Colocar os ovos com a extremidade mais estreita para baixo;

  • Armazenar os ovos longe dos alimentos de cheiro intenso (peixe, queijo, etc.);

  • Caso a preparação culinária destinada não utilizar a clara ou a gema, estas podem conservar-se no frigorífico durante 12 e 24 horas, respectivamente;

  • O ovo cozido com casca deve ser consumido no prazo de 4 dias, e 2 dias se estiver sem casca.

Recomendações na confecção dos ovos:

  • Ter as mãos lavadas para não se contaminar a casca;

  • Remover, com um pano seco, toda a sujidade (caso exista);

  • Lavar os ovos, apenas e somente, imediatamente antes da sua utilização;

  • Partir o ovo com um utensílio diferente daquele que vai utilizar na preparação/confecção;

  • Abrir o ovo para um recipiente vazio e diferente daquele que vai utilizar para a preparação/confecção;

  • Após a quebra dos ovos, colocar imediatamente as cascas no recipiente do lixo para não ficarem esquecidas em cima da bancada.

  • Lavar e desinfectar todos os recipientes utilizados durante a operação;

  • Após manipulação dos ovos, deve-se lavar as mãos com água e sabão líquido desinfectante, uma vez que a casca pode estar contaminada.

2.1  Manutenção da temperatura

A temperatura óptima de multiplicação dos microrganismos responsáveis pelos problemas de saúde no homem situa-se nos 36-37ºC. Qualquer valor acima ou abaixo desta gama de temperaturas afecta o crescimento dos microrganismos mas não impede o seu desenvolvimento. Embora este seja mais lento, o desenvolvimento dos microrganismos dá-se entre os 4ºC e os 63ºC, sendo este intervalo designado "zona de perigo". Assim, é importante que as temperaturas de conservação se mantenham fora desta zona, mantendo-se os alimentos na zona fria (<4ºC) ou na zona quente (>63ºC).

2.1.1  Manutenção a frio

Os pratos confeccionados mantidos em frio, até ao momento do seu consumo ou da sua regeneração, devem conservar-se a uma temperatura inferior a 4ºC. Para o controlo do tempo de conservação é necessário que as comidas sejam etiquetadas com a data da sua elaboração. Para evitar as contaminações cruzadas, as comidas devem ser tapadas até ao momento em que se proceda à sua regeneração e/ou serviço.

A manutenção de alimentos confeccionados no frio não poderá ser por muito tempo. Isto porque o frio não destrói os microrganismos, apenas retarda o seu crescimento. Assim:

  • Os pratos confeccionados a serem consumidos em quente, devem ser mantidos no máximo 5 dias em refrigeração, sendo aconselhável não superar os 3 dias.

  • Os pratos que incorporem ovo, nunca devem ser mantidos mais de 24 horas, a uma temperatura máxima de 8ºC. 

2.1.2  Manutenção a quente

Os alimentos a servir quentes devem ser mantidos acima dos 63ºC, até ao momento do seu consumo. Devem ser conservados em mesas, armários ou banhos quentes, a temperaturas de 80-90ºC, para que a temperatura interior seja superior a 63ºC.

2.2  Arrefecimento

O arrefecimento dos alimentos confeccionados deve ocorrer o mais rapidamente possível, de modo a manter uma boa qualidade física e microbiológica dos alimentos. Após a sua confecção os alimentos devem ser arrefecidos, em menos de 2 horas, até aos 10ºC, sendo posteriormente acondicionados a temperaturas iguais ou inferiores a 4ºC.

O uso de células de arrefecimento rápido é recomendado. Este é um tipo de equipamento concebido especialmente para arrefecer alimentos, elaborados a quente, de forma rápida. Caso estas não existam, o arrefecimento deverá ser efectuado colocando o recipiente com o alimento num banho de água fria, introduzindo-o posteriormente na câmara de refrigeração.

Nunca se devem deixar arrefecer os alimentos à temperatura ambiente, durante um longo período de tempo, pois esta prática coloca os alimentos na “zona de perigo”.

2.3  Reaquecimento

O reaquecimento é o processo em que um alimento confeccionado a quente e mantido durante um determinado tempo em refrigeração, volta a sofrer um tratamento térmico antes de ser servido. A temperatura de reaquecimento (ou regeneração) deve atingir os 75ºC em pelo menos 2 horas. Qualquer alimento reaquecido não pode ser refrigerado outra vez.

2.4  Óleos de fritura

Durante a confecção de alimentos, deve-se ter em conta a possibilidade de poderem ocorrer contaminações químicas por via do próprio processo de confecção. É o caso da degradação dos óleos alimentares no decurso dos processos de fritura.

O aquecimento prolongado a altas temperaturas, com a presença de água e oxigénio contidos nos alimentos, provoca a oxidação do óleo de fritura originando compostos químicos tóxicos.

Existem algumas boas práticas que, se estabelecidas, permitem alargar a durabilidade dos óleos, nomeadamente:

  • O uso de óleos de boa qualidade, resistentes a altas temperaturas;

  • A implementação de uma prática de substituição de óleo, adequada e previamente validada, sendo totalmente proibida a junção de óleo novo com óleo usado ou dois tipos de óleo distintos;

  • O não aquecimento do óleo a temperaturas superiores a 180ºC;

  • A filtração do óleo após cada utilização e após arrefecimento, de forma a remover as partículas sólidas;

  • Não ultrapassar o número de frituras que um óleo pode suportar;

  • Proteger o óleo nas fritadeiras do contacto com o ar e da luz;

  • Esvaziar e limpar as cubas das fritadeiras após cada utilização.

3.  Serviço

Após a confecção, os diversos alimentos que compõem as ementas são empratados. Nesta etapa deve-se respeitar todas as regras de higiene pessoal, nunca tocando nos alimentos directamente com as mãos, mas usando sempre pinças, colheres ou espátulas adequadas para o efeito.

Nas situações de self-service deve-se ter o cuidado de colocar os talheres destinados ao utilizador, inclusive os talheres de sobremesa, em saquetas apropriadas, juntamente com o guardanapo. Nas situações em que o consumidor se serve da quantidade desejada (pão, saladas, etc.), devem existir utensílios adequados e exclusivos para cada alimento, de modo a evitar possíveis contaminações cruzadas. Estes alimentos devem estar disponíveis em equipamentos protegidos (com tampa, porta, prateleira, etc.), de modo a impedir a queda sobre os alimentos de gotículas respiratórias, cabelos, objectos, pó, etc.

Citação de: Cláudia Silva © Portal de Saúde Pública, 2007

sábado, 21 de março de 2009

Higiene Pessoal - BANHO

 Banho

Não é de surpreender que a ideia de tomar banho para manter a pele limpa esteja intimamente associada ao conceito de saúde: a pele, um casaco semi-impermeável de alta tecnologia, 5 camadas e quase 2 metros quadrados de tamanho, é a principal barreira contra os agentes nocivos presentes no meio ambiente.

As origens do banho se estendem para muito antes da pré-história. Materiais saponificastes anteriores a 2.800 a.C. foram encontrados em cilindros escavados nas ruínas da antiga Babilónia. As inscrições indicavam que aquele material era utilizado para limpeza dos cabelos e para auxiliar a confecção de penteados. Os antigos egípcios também  banhavam-se bastante: os Papiros de Ebers, datados de 1.500 a.C., descrevem uma mistura de diversos sais e óleos utilizados para higiene pessoal.


Na civilização Ocidental, coube aos Romanos a difusão do hábito. Os primeiros Banhos Romanos foram construídos 300 anos antes de Cristo. No seu auge, Roma contava com mais de 13 aquedutos para manter seus habitantes sempre limpos. Contudo, com o declínio do Império, os Banhos também perderam gradativamente a popularidade.


Na Idade Média, os médicos desencorajavam o banho, afirmando que ele retirava as camadas mais protectoras da pele, aumentando o risco de doenças. Mas todo mundo sabe bem onde as excelentes ideias de higiene pessoal daquele tempo foram dar: numa Peste que dizimou quase metade da população da Europa.


O banho tornaria-se novamente um hábito no Ocidente apenas no Século XVII, quando os químicos franceses Nicholas Leblanc e Michel Eugene Chevreul aprimoraram as técnicas para fabricação de sabonetes. Mais ou menos no mesmo período, a descoberta dos Micróbios deu um impulso adicional ao conceito de higiene. Por volta de 1880, os chuveiros já eram parecidos com os nossos e o banho havia se tornado uma rotina. Como resposta, a lâmina de barbear descartável surgiria em 1895 e a escova de dente como a conhecemos, em 1938.


Mas a história do banho não termina neste mar de rosas. Da metade do Século XX para cá, alguns cientistas voltaram a questionar a sua validade. Estudos realizados na década de 1960 mostraram que um bom banho na verdade espalha as bactérias da pele no ambiente à sua volta, podendo aumentar o número de micro organismos nas camadas mais superficiais. Como consequência, os cirurgiões passaram a ser orientados a não tomar banho imediatamente antes de entrarem no bloco cirúrgico.


Alguns pesquisadores cascões também observaram que, mesmo após vários dias sem banho, a população bacteriana da pele permanece estável, fornecendo uma excelente desculpa para adolescentes mais preguiçosos.


A verdade é que, excepto pelo hábito de lavar as mãos, não existem muitas evidências científicas associando o banho ou a limpeza geral da pele à prevenção de infecções. O banho frequente, afirmam vários cientistas, pode possuir vários benefícios estéticos, relaxantes e odoríficos, mas parece servir pouco do ponto de vista microbiológico.


Ainda assim, recomenda-se que tome banho todos os dias. Se não o fizer por razões microbiológicas, faça-o baseado na premissa de combate ao stress e descoberta do corpo. Afinal de contas, em que outra situação você se desligaria do mundo, enquanto explora os dedos dos pés? Só mesmo durante um bom, morno e relaxante banho.

(Fonte: Alessandro Loiola (extractos)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Saúde Pessoal - Estilo de Vida

Saude Pessoal

Saúde ideal não significa saúde perfeita. Saúde ideal significa adaptar sua herança genética ao seu estilo de vida actual, fazendo as escolhas pessoais necessárias para viver da forma mais saudável possível.

  • Nutrição e Suplementação – Você tem uma dieta balanceada, que inclui grãos integrais, frutas, legumes, verduras e proteínas naturais? Você sabe quais suplementos são recomendados para seu tipo de alimentação?
  • Estilo de vida – Você tem hábitos de vida saudáveis, como a prática de exercícios? Você fuma?

  • Repouso e Relaxamento – Você dorme o suficiente, de forma regular? Você corre para a loja de doces mais próxima quando está stressado? Ou, então, você conhece alguma técnica de relaxamento?

  • Genética – Sua família tem histórico de pressão alta ou cancro?

 

Embora você não possa mudar sua composição genética, pode modificar seu estilo de vida na busca pela saúde ideal.

  • Adopte uma dieta mais saudável.

  • Pare de fumar (se for o caso).

  • Pratique mais exercícios.

  • Mantenha um peso adequado.

  • Consulte seu médico regularmente.

(Fonte: nutrilite.com)

terça-feira, 17 de março de 2009

Promoção da saúde oral - Higiene Oral

HIgiene Oral

A higiene oral deve ser abordada no contexto da aquisição de comportamentos de higiene pessoal. As aprendizagens deverão relacionar os saberes com as vivências, dentro e fora da escola.

A estrutura dos programas do ensino básico é suficientemente aberta e flexível para atender os diversos pontos de partida, os interesses e as necessidades dos alunos, assim como as características do meio. Deste modo, os conteúdos da saúde oral e da higiene oral podem ser associados ao desenvolvimento de hábitos de higiene pessoal e de vida saudável. No 1.º Ciclo, recomendamos que as crianças façam uma das escovagens dos dentes no próprio estabelecimento de ensino. Esta escovagem deve ser orientada pelos professores, a quem deverá ser dada formação para esta actividade, e regularmente, pelo menos uma vez em cada trimestre, supervisionada pela equipa de saúde escolar.
Será de estimular a auto-responsabilização da criança pela sua higiene oral, de manhã e à noite.

Escovagem dos dentes

Na escola, deve ser monitorizada a execução e a efectividade desta actividade. A execução da escovagem pode ser monitorizada através de um registo diário num mapa de turma, e a efectividade pode ser avaliada através da utilização do revelador de placa bacteriana e do cálculo do Índice de ‘Placa Simplificado’, realizado pelos profissionais de saúde.

Fio dentário


A higienização dos espaços interdentários deve começar a ser feita por volta dos 9-10 anos, quando a criança começa a ter destreza manual para utilizar o fio dentário. A técnica deve ser claramente explicada e treinada.

Bochecho fluoretado

Todas as crianças e jovens, que frequentam as escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico devem fazer o bochecho quinzenal com uma solução de fluoreto de sódio a 0,2%12.
As estratégias e técnicas de realização e implementação, na escola, das medidas de promoção da saúde oral preconizadas, encontram-se descritas no Texto de Apoio anexo a esta Circular Normativa, da qual faz parte integrante.

Obtido no Site: Top Saúde - Fonte: Direcção-Geral da Saúde

OUTROS LINKS:

domingo, 15 de março de 2009

Higiene Pessoal

(Citação)

1. Higiene Pessoal

O conceito de higiene pessoal refere-se ao estado geral de limpeza do corpo e da roupa das pessoas que manipulam os alimentos.

A primeira medida a tomar para minimizar os riscos de contaminação por parte dos funcionários é a sua educação/formação em práticas de higiene pessoal. A unidade tem de consciencializar os manipuladores e fazer com que respeitem determinadas regras de higiene, segurança e saúde. Estas regras devem estar expostas em locais estratégicos da unidade tais como vestiários, instalações sanitárias e junto aos lavatórios.

Os comportamentos a adoptar por qualquer manipulador de alimentos são:

  • Manter um nível adequado de limpeza pessoal ao nível do corpo, uniforme e calçado;

  • Comportar-se de modo apropriado, seguindo todas as regras de higiene adoptadas.

É preciso lembrar que os funcionários tendem a agir em conformidade com o ambiente existente na empresa: instalações limpas incentivam as práticas de limpeza por parte de todos os que nela trabalham.

Qualquer pessoa, mesmo que seja saudável, pode contaminar os alimentos com microrganismos que poderão causar doenças a quem consome esses alimentos. Microrganismos são seres vivos muito pequenos, que só se conseguem ver ao microscópio e que incluem bolores, leveduras, vírus e bactérias.

Muitos dos microrganismos vivem em diversas partes do nosso corpo, onde normalmente não causam doenças, mas quando presentes nos alimentos podem causar infecções ou intoxicações.

Um manipulador de alimentos tem que manter uma higiene cuidada, para não transmitir microrganismos aos alimentos. Estes, quando encontram as condições adequadas para se multiplicarem, podem causar doenças graves nos consumidores. Para além dos casos de má disposição, febre, vómitos e diarreias, podem ocorrer casos de morte. É necessário que se tenha um cuidado muito maior quando se trabalha com crianças, mulheres grávidas, idosos, pessoas doentes ou com o sistema imunitário fragilizado, porque são extremamente sensíveis.

1.1  Regras gerais

1.1.1  Lavagem de mãos

Os manipuladores de alimentos devem manter as mãos limpas, lisas e sem fissuras onde os microrganismos se possam alojar e desenvolver.

A lavagem das mãos deve ser frequente e de forma correcta. Deve ser realizada num lavatório de uso exclusivo para esse fim, com comando não manual. Junto a este deverá estar disponível um sabonete líquido bactericida (ou um sabonete líquido e um desinfectante), assim como toalhas de papel descartáveis (O uso de secadores eléctricos de mãos em áreas onde se preparam alimentos deve ser evitado). O lavatório deverá ser provido de água quente e fria. Cada funcionário deverá possuir a sua escova de unhas para que as possa lavar de forma conveniente.

As unhas deverão apresentar-se sempre curtas, limpas e sem verniz e é proibido o uso de unhas postiças. São também desaconselháveis as unhas roídas, devendo-se alertar os manipuladores para esse facto.

Quando lavar as mãos:

  • Sempre que iniciar o trabalho;

  • Sempre que se apresentarem sujas;

  • Sempre que mudar de tarefa;

  • Depois de manipular alimentos crus;

  • Sempre que tossir, espirrar ou mexer no nariz;

  • Sempre que utilizar as instalações sanitárias;

  • Depois de mexer no cabelo, olhos, boca, ouvidos e nariz;

  • Depois de comer;

  • Depois de fumar;

  • Depois de manipular e/ou transportar lixo;

  • Depois de manipular produtos químicos (limpeza e desinfecção).

Lavamos as mãos várias vezes ao dia. Mas será que as lavamos bem? A figura seguinte mostra as zonas que ficam frequentemente mal lavadas, quando a sua lavagem não é feita de modo adequado.

Figura 1 – Áreas das mãos que podem ficar mal lavadas

Lavagem-maos

Como lavar as mãos:

  • Molhar muito bem as mãos e antebraços com água corrente, quente e potável;

  • Ensaboar bem as mãos com o sabão líquido, lavando bem os espaços interdigitais, as palmas das mãos, os polegares e os antebraços;

  • Lavar as unhas com escova própria (que deverá ser mantida limpa e seca entre as utilizações);

  • Passar por água corrente, quente e potável para remover todo o sabão;

  • Deitar o líquido desinfectante nas mãos e espalhar bem pelas próprias e pelos antebraços (esta operação deverá demorar entre 20 a 30 segundos);

  • Passar abundantemente por água quente, corrente e potável;

  • Secar as mãos com toalhetes de papel descartável.

1.1.2  Uso de adornos

O uso de adornos (ganchos, anéis, colares, pulseiras, relógios, etc.) é proibido, sendo que a única excepção na legislação portuguesa é o uso da aliança. Mas, caso a use, deve retira-la quando lava as mãos e desinfecta-la igualmente, pois acumula muita sujidade sendo uma fonte de contaminação. A aliança não deve estar larga, para que não se solte e seja incorporada num alimento.

Deve-se evitar o uso de maquilhagem, cremes e perfumes de odor intenso.

Os manipuladores devem entender que podem incorporar nos alimentos objectos físicos que podem causar asfixia, danos nos dentes e cortes no aparelho digestivo assim como transmitir-lhes odores que não lhes são característicos.

1.1.3  Roupas, protecções do cabelo e sapatos

A roupa e outro material de uso pessoal utilizado fora do local de laboração, devem ser deixados no vestiário. Durante o período de trabalho apenas se podem usar peças de roupa do fardamento, não devendo usar-se roupas por cima da farda (como casacos e camisolas) que não sejam de uso exclusivo no trabalho.

O fardamento a utilizar deve obedecer ás seguintes características:

  • Deve ser constituído por touca, bata, calças, calçado apropriado e eventualmente avental;

  • Deve ser de cor clara, confortável e adequado à tarefa a desempenhar;

  • Deve ser de uso exclusivo ao local de trabalho (sempre que for necessário sair das instalações durante o período de trabalho, não deverão utilizar-se as peças de fardamento vestidas nem usar-se o calçado de trabalho);

  • Deve ser de material resistente a lavagens frequentes;

  • O calçado deve ser de uso exclusivo no local de laboração, de cor clara e antiderrapante, confortável e fechado à frente.

No local de confecção todo o pessoal deverá usar o fardamento adequado, que deve ser mantido limpo e mudado sempre que se apresente sujo. Na utilização do uniforme devem ser cumpridas as seguintes regras:

  • Colocar primeiro a touca, certificando-se que esta cobre o cabelo na sua totalidade;

  • Seguidamente veste-se a bata e as calças;

  • Por último o calçado;

  • Se necessário, usar protector naso-bucal na preparação de alimentos de risco;

  • No final, lavar bem as mãos.

Os cabelos devem apresentar-se lavados, penteados e totalmente protegidos por uma touca. São desaconselháveis o uso de barba e/ou bigode, sendo no entanto recomendável a sua protecção nos indivíduos que os possuam.

1.1.4  Protecção das mãos

A utilização de luvas é muito discutível. Estas devem ser desinfectadas (com uma solução alcoólica) antes de se iniciar o trabalho e têm que ser descartáveis e impermeáveis. Devem ser mantidas sempre limpas trocando de luvas caso estas se apresentem sujas.

Antes de se calçarem as luvas, as mãos têm que ser higienizadas correctamente como indicado anteriormente.

As tarefas que impliquem o uso de luvas descartáveis devem decorrer sem interrupções. Se tal não ocorrer, o manipulador ao reiniciar a tarefa deve lavar novamente as mãos e colocar novas luvas.

1.1.5 Manipulação de produtos de limpeza, tóxicos ou perigosos

Estes produtos devem estar armazenados separadamente dos produtos alimentares, evitando qualquer contacto para que não ocorra a contaminação química dos alimentos.

Todos estes produtos devem ser bem usados segundo as especificações do rótulo e do fornecedor, respeitando os tempos de exposição indicados e as condições de utilização. Devem ser colocadas fichas técnicas dos produtos em locais de fácil acesso a todos os manipuladores.

Após manipulação destes produtos não se deve tocar nos alimentos sem antes efectuar uma correcta higienização das mãos.

A farda utilizada durante a manipulação destes produtos tem que ser diferente da utilizada quando se manipulam alimentos.

1.1.6  Comer, beber e mascar

Todas estas acções devem ser realizadas em local próprio, sendo interditas no local onde se manuseiam e armazenam os alimentos. Deste modo evita-se o risco de incorporação nos produtos alimentares de restos de alimentos, caroços de fruta, pevides assim como de materiais de embalagens (anilhas de abertura fácil de bebidas em lata, bocados de papel e filme plástico usado para embrulhar) por parte dos manipuladores. Evita-se também que as mãos dos manipuladores fiquem contaminadas devido ao contacto com materiais potencialmente sujos.

1.1.7  Proibição de cuspir e fumar

É proibido o acto de cuspir em qualquer zona de preparação/confecção de alimentos assim como nos locais de armazenamento. Excepto nos sanitários e para as sanitas.

O acto de fumar é igualmente proibido nas zonas acima mencionadas. Não só por uma questão de saúde ambiental como também pelo aumento do risco de contaminações nos alimentos (ex.: incorporação de cinzas).

O acto de fumar deve ser desencorajado nos manipuladores porque:

  • O fumo aumenta a tosse;

  • Existe um risco de contaminação dos alimentos pelo contacto dos dedos que tocaram nos lábios enquanto fumavam.

1.1.8  Tosse, espirro, limpeza do nariz e uso de lenço

O manipulador de alimentos sempre que tossir ou espirrar deve colocar um toalhete de papel em frente à boca e ao nariz e desviar a cabeça para que não o faça sobre os alimentos. Ao retomar a tarefa, o manipulador deve lavar correctamente as mãos.

Para limpar o nariz, o manipulador deve usar um lenço de papel descartável, usando e deitando-o fora logo de seguida. Não deve manter o lenço consigo, devido ao perigo de contaminação. Ao retomar a tarefa, o manipulador deve lavar correctamente as mãos.

1.2  Feridas, golpes e uso de pensos

Os manipuladores com feridas e doenças não podem manipular directamente os alimentos.

As feridas, mesmo quando tapadas com adesivos, são grandes fontes de contaminação.

Caso se verifique que a ferida, pústula ou queimadura não apresenta um risco para a saúde do consumidor, esta tem de ser protegida com pensos estanques de cor viva (para se detectarem facilmente se caírem) e impermeáveis. Devem-se usar luvas ou dedeiras de borracha, para impedirem a contaminação dos alimentos.

O facto de se utilizar luvas não dispensa a lavagem cuidadosa das mãos.

1.3  Doenças e acompanhamento médico

Os exames médicos devem ser feitos na admissão e, pelo menos, uma vez ao ano (ou uma vez de dois em dois anos, dependendo da idade dos manipuladores).

Para um manipulador de alimentos ser admitido, não pode sofrer de doenças infecto-contagiosas tais como a hepatite e a tuberculose. Sempre que algum dos manipuladores se deslocar de férias ao estrangeiro e tenha visitado algum país de elevado risco devem ser questionados relativamente a se tiveram alguns sintomas de infecção ou intoxicação alimentar durante a sua estadia. Em caso afirmativo, estes deverão ser sujeitos a uma avaliação médica antes de iniciarem o trabalho.

Todos os manipuladores de alimentos deverão contactar os seus superiores sempre que tenham contraído ou suspeitem de ter contraído uma doença contagiosa, sofram de uma doença de pele (tais como erupções, furúnculos, feridas infectadas, etc.), doença do aparelho digestivo acompanhada de diarreia, vómito ou febre, dores abdominais, inflamação da garganta, nariz, olhos, ouvidos ou olhos, expectoração, tosse, gripe ou corrimento nasal. Devendo recorrer a consulta médica.

Estas são situações que justificam o afastamento temporário dos manipuladores de alimentos, retomando somente a sua actividade profissional quando obtiverem parecer favorável do médico.

As reacções alérgicas, para além do perigo para a saúde do manipulador, potenciam a contaminação dos alimentos, pela reacção natural de coçar, levando à escamação da pele. Qualquer reacção alérgica deve ser comunicada de imediato ao responsável para eventual tratamento médico, possível afastamento temporário e averiguação da situação/agente causador da alergia.

1.4  Conduta pessoal

O comportamento de um manipulador de alimentos, para além do seu cuidado com a higiene, é essencial para não ocorrer a contaminação cruzada.

O manipulador de alimentos deve estar conscienlizado para as seguintes situações e respeita-las no seu local de trabalho:

  • É proibido comer, beber, mascar pastilha elástica, fumar e cuspir nas zonas de produção e armazenamento;

  • Não espirrar, tossir, falar ou soprar sobre as matérias-primas, produtos ou material utilizado;

  • Não tomar nem guardar medicamentos na zona de produção;

  • Não mexer na cabeça, nariz, orelhas ou boca enquanto se manipulam alimentos;

  • Utilizar calçado próprio e que permita ter os pés secos;

  • Nas pausas de trabalho não deixar as superfícies e instrumentos de trabalho sujos, devendo-os lavar com produto próprio e deixar as facas mergulhadas numa solução desinfectante adequada;

  • Os locais de trabalho devem manter-se sempre limpos e arrumados;

  • Deve agarrar-se sempre os talheres pelo cabo;

  • Não pegar nos copos, taças ou chávenas pelos bordos e muito menos colocar os dedos no seu interior;

  • Não soprar para os copos, se necessário polir, usar toalhas macias descartáveis;

  • Não tocar com os dedos no interior dos pratos onde vão ser servidos os alimentos;

  • Não limpar as mãos ao avental e/ou fardamento;

  • Não molhar os dedos com saliva para qualquer tarefa, nomeadamente separar toalhetes e folhas papel vegetal;

  • Usar pinças para manipular os alimentos;

  • Não deve provar os alimentos com o dedo, usar uma colher e lava-la de seguida;

  • Não soprar ou meter as mãos dentro dos sacos de acondicionamento de lixo;

  • Não mexer em dinheiro;

  • Não deve roer as unhas;

  • Manter as unhas curtas, limpas e sem verniz;

  • Não usar no local de trabalho jóias, adornos, ganchos;

  • Deve usar correctamente o fardamento;

  • Deve manter uma boa higienização.

1.5  Estojo de primeiros socorros

Em cada unidade deverá existir pelo menos um manipulador com formação em primeiros socorros, no caso de alguém se magoar ou engasgar. Em local de fácil acesso aos manipuladores, deverá existir um pequeno estojo de primeiros socorros. Além dos mencionados neste estojo, os serviços médicos poderão aconselhar outros:

  • Algodão hidrófilo;

  • Água oxigenada;

  • Álcool etílico;

  • Tesoura;

  • Gaze esterilizada;

  • Produto desinfectante;

  • Dedeiras;

  • Luvas esterilizadas e adequadas para produtos alimentares;

  • Adesivos;

  • Pensos estanques, impermeáveis e coloridos;

  • Máscara naso-bucal.

1.6  Visitantes e chefias

Sempre que ocorram visitas à unidade, devem tomar-se as medidas necessárias para impedir as contaminações das instalações e dos alimentos por parte dos visitantes. Nomeadamente o uso de vestuário adequado e evitar que tenham contacto com os alimentos. As chefias devem dar o exemplo, colocando o vestuário adequado sempre que visitarem as instalações.

1.7  Formação profissional

A entidade empregadora tem o dever de informar convenientemente cada colaborador de todas as regras e instruções de trabalho, dando-lhe a conhecer a respectiva documentação, que deverá ser elaborada e organizada por técnicos habilitados.

Cada colaborador deve ser treinado, após recrutamento e tantas vezes quantas as necessárias, para que a higiene seja entendida como uma forma de estar e não apenas como um conjunto de regras e obrigações.

Qualquer que seja a tarefa de um manipulador de alimentos, este pode ser responsabilizado pelo não cumprimento das regras de higiene pessoal.

Texto: Cláudia Silva – Obtido no: Portal de Saúde Pública, 2007